Longas horas sozinho na estrada

Logo depois cruzar a reserva indígena , fiquei em uma fazenda, onde fui muito bem recebido por todos, dormi bem, e comi muito bem,no outro dia ao som das araras e dos uirapurus, acordei bem cedo, tomei café, assisti o abate de uma vaca e me despedi de todos amigos da fazenda.

Segui rumo ao distrito de Equador,onde passa a linha do equador, fui em frente e cheguei a Nova Colina onde dormi em uma outra fazenda.

No outro dia segui rumo a Rorainópolis a estrada longa, sem fim me fez ter um certo momento de isolamento intenso, errei em meu calculo e acabei ficando na estrada sozinho no escuro,muitos sustos com bichos,teve um gato que saiu de um sítio e eu foquei com minha lanterna e pensei ser uma jaguatirica, um susto acentuado com o cansaço e a escuridão.

Tentei pensar somente em coisas boas, para ir em frente, mas vez ou outra eu era traído pelo pensamento e acabava fazendo questionamentos como será que vou chegar , estou aqui sozinho, mas logo tudo se revertia e eu lembrava do meu filho, das crianças do hospital, da força da minha mãe.

Lembrei que é mês do meu aniversário e que eu deveria fazer um esforço extra, para  me presentear com um descanso no dia 12 dia de meu nascimento, então decidi que vou chegar dia 12 em Boa Vista, estou saindo às 4 da manhã e vou fazer mais de 70km por dia para tentar estar no dia 12 de janeiro em Boa Vista.

Meus próximos destinos: Caracaraí, Iracema,Moncajaí e Boa Vista.

Vamos comprar quilômetros, iníamos o ano e ninguém comprou quilômetros para ajudar o graacc em 2011, eu já percorri 5.700 km e foram vendidos 726km . a meta é vender 18.250 kms

As fotos só vou conseguir postar quando chegar em Boa Vista

Um abraço
Carlos Dias
11 6842 1204

4 comentários:

  1. ai vai meus parabens Carlao e a tegma pela receptividade. Te desejo sucesso e muita paz e saude. Att Elivan(Ultra da Pb

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  2. carlao te desejo muita paz e muitos anos de vida e que esteja sempre ao teu lado.. Att Elivan(Ultra da Pb.

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  3. Guilherme Giacometti15 de jan. de 2011, 20:52:00

    Realmente incrível, um feito sobre-humano. Num primeiro momento achei bastante nobre o propósito, ví seu currículo e fiquei ainda mais impressionado, lí toda a biografia e várias notícias sobre a viagem, mas aí me surgiu uma dúvida: se o objetivo era arrecarar fundos para o GRAACC, por que foi pedido 260 mil em patrocínio para mover menos de 50 mil em doações? Desculpe-me, mas apesar da inciativa boa, não é contraproducente e, até certo ponto, capcioso?

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  4. Caro Guilherme,

    Eu até veria algum sentido no seu comentário, se o objetivo único desse desafio fosse a arrecadação. Ainda que fosse,o GRAAC, que age mais fortemente em SP, pode se beneficiar sendo divulgado para o restante do país.
    Além disso, para certas empresas, pode compensar mais patrocinar algo que gere mídia nacional durante um ano, do que fazer uma doação direta. E nesse ponto, não adianta comparar os valores, pois muitas vezes é mais facil convencer um empreendedor a desenbolsar 260mil em algo que repercuta ao seu público de interesse do que 50 mil em algo que gere pouco retorno comercial. Infelizmente, as coisas funcionam assim.
    Se o Carlos utilizasse toda essa energia e tempo para conseguir verba direta, certamente não teria o mesmo sucesso, pois a especialidade dele nao é a de um captador de recursos.Ele tem que colaborar com aquilo que ele sabe fazer.
    Agora, é preciso esclarecer que esse desafio não visa somente a arrecadacão.
    Esse desafio faz parte da realizacão pessoal e profissional do Carlos e quem o conhece sabe que isso está longe de ser uma maneira de aparecer ou simplesmente bater um recorde. Já estive com ele durante o desafio e cheguei a me emocionar junto ao encontrarmos pessoas que reconhecem de verdade o valor de suas conquistas. Há quem não veja o menor sentido nisso, da mesma forma que eu não vejo sentido no futebol. Aliás, me divirto, me emociono e aprendo mt mais acompanhando o blog, do que assistindo a um jogo. Mas o fato é que o esporte leva alegria a muitas pessoas e o Carlos faz isso como poucos.
    Ele não conseguiu nem um terço do patrocínio necessário para hospedagem, alimentação, médico e, principalmente, um carro de apoio.Nem assim desistiu e está correndo Brasil afora com uma mochila nas costas, sem segurança, dormindo, muitas vezes, em acampamentos. E isso o valoriza ainda mais.
    Desculpe, mas contraproducente é fazer uma insinuação maliciosa desmerecendo a luta de alguém que está sozinho, no meio da estrada e tem a internet como único canal de comunicação. Sei o quanto cada mensagem desse blog é inspiradora para ele e imagino o quanto deve ser frustrante ler certas coisas quando se está diariamente em busca de forças para não desistir.
    Acho realmente válida a sua pergunta, muitos já devem ter se perguntado isso. Mas achei desnecessária a ironia no final. Que bom que essas coisas não afetam pessoas como o Carlos, que tem uma riqueza de espírito inacreditável.

    Ester

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