“E o grande problema é que, se você não arrisca nada,corre um risco ainda maior”. Erica Jong, escritora americana
Experimentar algo novo pode ser assustador e até perigoso, mas pode ser também uma das sensações mais estimulantes da vida.
Assumir um risco significa extrapolar sua zona de conforto e fazer alguma coisa sem garantias. Significa dar ouvido ao borbulhar,prestar atenção nas bolhas internas da excitação.
Honrar a luz em seus olhos. Significa que você está fazendo uma coisa que não é lógica, racional, nem sensata, mas sim, intuitiva.
Significa ir contra o bom senso tradicional e realmente dar ouvidos ao canto de seu coração. Assumir um risco não é imprudência, mas também não é necessariamente sempre sensato. Em geral, fica mais ou menos no meio dos dois.
Os rompedores de barreiras são pessoas cheias de propósitos, que acolhem a aventura e ficam forçando a si mesmas a sair de seu conforto estabelecido e entrar em zonas de alta realização.
Elas são pessoas que aprendem a superar a força amortecedora do hábito e da rotina em suas vidas, pessoas que transcendem o “bom o bastante”e aprendem como exigir o melhor de si mesmas com frequência.
Correr riscos requer autoconfiança e disposição para cometer erros. Se todas as expectativas se realizam ou não, há sempre uma exuberância de coisas a aprender com a experiência.
Como você saberá que deve assumir um risco?
Quando o chamado da emoção for tão poderoso quanto um imã, guando dominar você e não soltar mais, quando você estiver pronto e disposto e aceitar o resultado que vier. É assim que você saberá que é a hora da virada.
Não importa o tamanho do desafio, se eu estou em uma montanha, deserto, geleiras, floresta ou aqui mesmo na cidade. A melhor postura para evitarmos patologias na trilha é buscar o caminho do meio.
Estou pronto para sair da minha zona de conforto, ir de encontro ao extremo, experimentar a natureza em sua forma mais pura.
Fiquei um ano me preparando física e mentalmente para ir de encontro a esse ambiente surreal, e ao mesmo tempo que me ofereceu a oportunidade de testar toda minha estrutura humana e tecnológica.
Humana, pois tive, o desafio de correr ao lado de grandes amigos, a Jane Carvalho, o Morten Hellberg, a Monica Otero, o Michael, a Mayra Johnson e o Marcelo Musial. Brasileiros que saborearam comigo as trilhas cheias de surpresas e de paisagens incríveis.
Tecnológica, pois o meu treinamento e todo o material que levei comigo em uma mochila serviu de protetor para os meus passos no meio das florestas, savanas, e praias da Ilha de Madagascar.
Para me preparar mentalmente, eu corri dois grandes desafios no Brasil:
Corri 24 horas nas 26 capitais mais o Distrito Federal, percorrendo uma média de 120 km por final de semana em prol do combate ao câncer infantil.
Corri 12 h nas 12 capitais sede da copa do mundo, percorrendo uma média de 70 km por capital.
Esses desafios testaram e moldaram a minha paciência, persistência e foco no meu objetivo. Me preparei fisicamente, fazendo trabalho de fortalecimento com fisioterapeutas, ajustes com quiropraxista e treinos em montanha, praias e trilhas.
A tecnologia na preparação e na trilha foram:
Correr em esteiras Movement RT 350 com tecnologia de absorção de impactos, me protegendo em treinos indoor
Tênis Skechers Go run ride 2 Go run 2 possibilita mais flexibilidade nos movimentos, segurança, estimula a pisada no médio pé, desenvolvendo uma pisada mais natural e fortalecimento da musculatura dos pés.
Roupas Solo que proporciona experiência de muito conforto mesmo em ambientes com temperaturas adversas, roupas com íon de prata para evitar proliferação de fungos e tecnologia de camadas para ambientes frios.
Comida Liofilizada para eu obter alimentos e nutrientes na trilha sem precisar carregar grandes pesos nas costas.
Mochila com tecnologia que ajuda a eliminar atrito nas costas e maior conforto.
O corpo é frágil, mas com uma mente forte, tecnologia e o bom senso de seguir pelo caminho do meio. Consegui ir mais longe longe.
Completei a minha décima segunda ultramaratona de 250 km em ambientes extremos. Comemorei junto com o povo maravilhoso de Madagascar, os meus vinte e um anos de carreira dedicados a corrida.
Vi cobras, camaleões, lemores, abracei um Baobá de oitocentos anos, brinquei com as crianças Malgaches, me emocionei com um povo simples e tão gentil que me acolheu como se eu fosse membro de suas famílias.
O meu corpo sentiu as adversidades oferecidas pela natureza, tive que me concentrar e me doar ainda mais para conseguir chegar ao final de sete dias de corrida.
A convivência com os atletas de diversos países, me fez ter a certeza ainda maior que o que fica de todos os nossos esforços durante todos esses anos correndo, são os grandes amigos que conquistei em cada ambiente remoto desse nosso planeta.
Tivemos uma equipe de sete brasileiros, eu fiquei muito feliz por compartilhar com cada um deles essa experiência incrível.
A ilha de Madagascar tem seus contrastes, uma capital com muita gente na zona da miséria, praias com belezas que só tinha visto em filmes, um povo de uma gentileza que não vou esquecer.
Obrigado ao povo da ilha do amor obrigado ilha de Madagascar por me ensinar a caminhar.
Fonte: Revista Endorfina