O ano de 2015 começou com muita energia, completei 42 anos de idade  e resolvi correr 42 maratonas em 42 dias,  em prol do combate ao câncer infantil, tendo como principal pano de fundo a Bahia terra sagrada para mim, pois foi lá que meus pais nasceram, e sempre que volto a Bahia sinto que estou mais perto deles.

Consegui vencer o desafio, correndo cada maratona em uma média de 5 h 30 min, correr 42 maratonas em 42 dias serviu como base do meu treinamento para encarar a altitude do Equador.

Além de correr também na serra da cantareira, na Pedra Grande em Atibaia e no Pico das Agulhas Negras em Itatiaia.

Foram treinos super importantes para o aumento da resistência e força nas pernas, também realizei treinos em esteira, trabalho de relaxamento e alinhamento com quiropraxista e massoterapeuta.

Até o mês de junho tudo estava ótimo corpo bem preparado, mente forte e entusiasmo nas alturas, mas como todo bom ser humano, todos nós enfrentamos adversidades e eu fui atacado por uma que testou o meu controle mental .

Sofri no dia 04 de junho um ataque gratuito tanto verbal como físico, foi um ataque racista, isso mesmo eu sofri um ato racista, dentro do meu pais. Esse episódio me custou uma cirurgia na cabeça, pois a pessoa me atacou pelas costas de forma covarde.  

Essa ação mexeu muito comigo, não somente física mas emocionalmente, pensei, como ainda existe pessoas que se acham superiores por conta de vários fatores, como cor da pele, religião, sexo etc etc.

Fiquei fraco, mas  em um momento adverso, procuro olhar além, por isso  sigo focado e determinado a transformar o meu cenário para a judar a transformar o cenário de quem está ao meu redor.

Levei 15 dias para voltar a correr devagar, e agora estou aqui no Equador, para enfrentar um desafio incrível, correr 250 km em 7 dias.

O entusiasmo é o de sempre, pois amo correr, e tenho muitos porquês para seguir adiante.
 

 O percurso do  Ecuador 2015, batizado de  "Rota dos Vulcões", está localizado no Parque Nacional Cotopaxi, a cerca de 90 km / 56 milhas ao sul de Quito. É cercado por algumas das paisagens mais espetaculares no Equador. O percurso começa a partir do sopé do vulcão Cotopaxi e passa por terras altas, um charmoso antigo mosteiro chamado Hacienda Tilipulo rom do século 18, Camino del Inca (antiga trilha inca) e Culuncos (trilhas famosas de solteiro com paredes sob o dossel da floresta que apoiou um comércio impressionante e uma rede de comunicação da antiga civilização pré-incaica), oferecendo vastas vistas de vales, Vulcão Quilotoa e seu famoso lago da cratera, as florestas tropicais, travessia dos Andes com vista para os seus vulcões cobertos de neve e as vilas dos nativos americanos . A cidade anfitriã de Quito, capital do Equador, é um Patrimônio Cultural da Humanidade da UNESCO e considerada a capital mais alta do mundo.

A competição será um grande teste ao meu organismo que já experimentou no Nepal em 2011, os efeitos adversos da altitude.

Não estarei sozinho, além da minha companheira de tantas provas a bandeira brasileira, a torcida de muitos amigos ao redor desse planeta, terei a presença dos amigos Vladmi Virgilio que é atleta paraolímpico, ele perdeu a visão ao longo da vida e enfrenta desafios em lugares remotos, mostrando que não existe desculpas realizarmos os nossos sonhos e Jane Carvalho de Salvador que vai participar da sua segunda prova no formato de 250 km . Também vou encontrar amigos de diversas partes do planeta e viver uma experiência marcante nas montanhas desse país cheio de facetas que é o Equador.

Mas com a fé inabalável que tenho, o entusiasmo que me leva além da exaustão e a causa que abraço que é trazer sempre exemplos bons ao meu filho e levar uma mensagem de força e coragem às crianças do graacc. Eu sei que vou chegar ao final dessa jornada.
 

Gratidão aos meus pais que sempre estão comigo em memória, meu treinador Herói Fung, aos médicos  e fisioterapeutas do Sportslab, a minha família, em especial meu filho , aos amigos, a quiropraxista Mariana Lopes, A Helena no café Arte em Pétalas que me presenteou com deliciosos chocolates,a Bel Estética e aos meus patrocinadores Skechers, Movement e Tegma por acreditar no meu trabalho.
 
Para acompanhar  o dia a dia dos atletas na ultramaratona no Equador e enviar mensagens de apoio, acesse:http://www.4deserts.com/beyond/ecuador/
 







 
Condições extremas de frio, calor, terrenos acidentados e treinos em grandes centros exigem atenção aos acessórios preparo especial e dedicação.

 O próximo desafio do ultramaratonista Carlos Dias, patrocinado da Movement - líder nacional no segmento fitness e pela Skechers empresa americana de calçados, já tem data: 26 de julho de 2015. O ultramaratonista que acaba de enfrentar 42 maratonas diárias em prol das crianças do GRAACC já inicia uma rotina intensa de treinos e chegou ao Equador para uma aclimatação em Quito em altitude de 2890 metros, que vão garantir boa  participação  na oitava edição do Racing The Planet. Este ano a prova acontece no Equador, em um cenário com planalto acidentado, cachoeiras, vulcões cobertos de neve, florestas, trilha e aldeia inca.

O cenário é deslumbrante. Mas, para conhecê-lo é preciso muito treinamento. Afinal, são 250km de corrida em sete dias. Os riscos para quem quer disputar uma ultramaratona como a do Equador são grandes devido ao volume intenso de treino a que se submete o atleta. Há um alto risco de lesões, principalmente no aparelho locomotor, pois a sobrecarga nos músculos e articulações é muito elevada.
A educadora física Pricsila Cesari, da Academia Just Fit, parceria da Movement esclarece que as lesões podem variar de bolhas nos pés a algo mais grave e sem cura. O volume intenso de treinos pode afetar o sistema imunológico do atleta e ocasionar doenças que vão de um simples resfriado a casos mais críticos, de difícil recuperação. A sobrecarga pode gerar doenças cardíacas, pois o coração é um músculo e como um músculo em fadiga é passível de lesões. "O ultramaratonista não é um super-herói, mas sim um superatleta que tem que ter treinos regulares devidamente planilhados por um profissional da área e especialista no assunto. Tem que ter um rígido acompanhamento médico e nutricional" - esclarece Priscila.


Carlos Dias sabe bem disso. Acostumado a correr em condições extremas, o atleta comenta que provas neste formato requerem pesquisa minuciosa sobre tipo de temperatura, altitude e detalhes sobre o terreno. Além de estar bem preparado fisicamente, é importante estar atento a questões fundamentais como o uso de protetor solar, por exemplo, que deve ser passado em todo o corpo, principalmente na nuca. Óculos reduzem os efeitos da claridade excessiva, roupas transpiráveis que são as mais indicadas em caso de altas temperaturas, e uma mochila de hidratação são indispensáveis. "Os cuidados são fundamentais para evitar que o organismo esquente excessivamente e cause uma hipertermia, além de espasmos musculares, tonturas e até desmaios" - comenta Carlos.

Esteiras são alternativas nos centros urbanos

Correr no frio também exige cuidados para evitar o risco de uma hipotermia - perda de calor do corpo. A corrida abaixo dos 10º exige luvas, gorro, segunda pele que permite o corpo transpirar e expulsar o suor sem encharcar e um corta vento para inibir a ação do vento gelado. Corridas abaixo de zero exigem roupa tecnicamente apropriada para as faixas de temperaturas locais.
Para quem precisa treinar em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro outro inconveniente é a poluição. Segundo Carlos, já existem muitos atletas optando por máscaras de proteção. "Uma ótima alternativa, além, é claro de mais segura, é correr em esteiras, em ambiente controlado, pelo menos duas vezes na semana para manter um ritmo e não comprometer a saúde nas intempéries diárias dos grandes centros" - comenta Carlos.

Fonte: Trama comunicação
 
 
Não perca Episódio 2
Carlos Dias em Madagascar
 



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