Diante dos desafios propostos pelos Jogos Olímpicos, atletas podem se
deparar com limites físicos, que impedem novas marcas. Cientistas relatam
estudos e fazem previsões
Os Jogos Olímpicos propõem ao atleta ser o mais rápido, mais alto, mais
forte, etc. Diante deste desafio, surge o questionamento da Ciência se os
recordes esportivos podem se chocar com os limites humanos, sem a utilização de
artifícios tecnológicos ou dopings.
Segundo o diretor do Centro para a Pesquisa na Engenharia Esportiva, da
Universidade Britânica de Sheffield Hallam, Steve Haake, em todos os esportes é
possível perceber que os recordes estão chegando ao seu teto.
O cientista
concorda que existem atletas que continuam batendo recordes em diferentes
modalidades, mas lembra que os índices de progressão diminuíram
significativamente. Prova disto, prossegue ele, são algumas marcas conquistadas
há anos e que ainda não foram superadas.
No laboratório do Instituto Nacional do Esporte francês (INSEP), Geoffroy
Berthelot repassou os recordes olímpicos desde 1896, ano da primeira edição das
Olimpíadas da Era Moderna, que aconteceram em Atenas, na Grécia.
De acordo
com os cálculos do cientista, os atletas alcançaram 99% de seu potencial nos
limites naturais da fisiologia. Ele acredita que, até 2027, a metade das 147
modalidades esportivas que estudou terão chegado ao limite. A estimativa,
conforme modelo matemático concebido, é de que após esta data, os recordes
mundiais não poderão ser melhorados em mais de 0,05%.
Nos EUA, o cientista Reza Noubary, da Universidade Bloomsbug da Pensilvânia,
afirma que os 100m masculino, considerados a principal prova do atletismo e dos
Jogos Olímpicos, não podem ser corridos em menos de 9,4 segundos. Com
probabilidade de 90%, o método matemático do norte-americano mostra que a
progressão registrada na velocidade humana está freando e terminará parando
totalmente.
Talento fora do comum
Os modelos estudados não levam
em consideração talentos fora do comum. Um exemplo é o jamaicano Usain Bolt, que
tem o recorde do hectômetro (corrida dos 100m), com 9,58 segundos. Reza Noubary
explica que o atleta é o exemplo perfeito porque combina as vantagens mecânicas
do corpo dos homens de estatura alta, com as fibras musculares rápidas dos
homens menores.
Visão diferenciada
Em relação aos limites
humanos não existe unanimidade entre os cientistas, pelo contrário, alguns
acreditam que as pessoas continuarão quebrando marcas, embora seja por muito
pouco. Para Ian Ritchie, do departamento de cinética humana da Universidade
Canadense de Brock, uma alternativa seria medir as atuações dos atletas em
milésimos de segundo.
Inclinado a acreditar no futuro dos Jogos Olímpicos, o cientista lembra ainda
de previsões erradas no passado: até a conquista do britânico Roger Bannister,
em 1954, muitos especialistas diziam que era teoricamente impossível correr uma
milha (1,6 km) em menos de quatro minutos. O recorde atual é de três minutos, 43
segundos e 13 centésimos.
Fonte: www.rankbrasil.com.br
Redação: Fátima Pires
Realmente o ser humano consegue surpreender e superar muitos limites... não contaram aí com a capacidade de adaptação, evolução, etc... Com certeza se o atleta for de uma descendencia atletica por várias gerações, acredito que pode ser capaz sim de superar muitas marcas... mas é claro que isso levará muito mais tempo do que esse que podemos acompanhar... Parabéns pelo sucesso, vc é uma inspiração a todos os atletas!!
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