Carlos Dias entra para o livro dos recordes pela 2ª vez
Por Alexandre Koda | 18/06/2009 - Atualizada às 11:50
Carlos enfrentou temperaturas extremas
Foto: Arquivo Pessoal
Esse é o segundo registro de Carlos no Rank Brasil
Foto: Arquivo Pessoal
1 2 O ultramaratonista brasileiro Carlos Dias foi premiado na última terça-feira com o certificado e o troféu do Rank Brasil, o livro dos recordes brasileiro, após ter sido o primeiro sul-americano a completar a Copa do Mundo dos Desertos (Racing The Planet) em menor tempo. Ele correu e completou provas nos desertos de Gobi, Saara, Antártida e Atacama, considerados os mais extremos do mundo.
“Após ter cruzado o Brasil do Oiapoque ao Chuí (nove mil quilômetros em 100 dias), decidi que estava pronto a enfrentar ambientes ainda mais extremos”, conta o brasileiro. “Após conseguir aprovação do meu currículo pela organização da prova e confirmação de patrocínio da Crocs, viajei em oito de junho de 2008 para correr o primeiro deserto, o de Gobi”, relembra com saudosismo.
Em outubro do mesmo ano ele foi para o Egito enfrentar o calor do Saara e 15 dias depois foi para o pólo sul correr no gelo antártico. Finalmente, em abril deste ano ele encerrou a epopéia no Atacama (Chile), disputa que ele considerou a mais difícil de todo o desafio.
“A Antártida exigiu muito pelo peso da neve e ventos fortíssimos, mas o deserto do Atacama pela troca constante de piso e a altitude aliada ao sal, me deixou exausto todos os dias da prova”, comenta Carlos. Segundo ele, durante o dia as temperaturas chegavam a 40ºC, enquanto à noite atingiam –2ºC e o terreno encontrado era uma mescla de pedra, água, areia e sal cristalizado em altitudes que chegavam a seis mil metros.
Preparação - Como forma de preparação para a aventura, ele correu nas trilhas da Serra da Cantareira, fez trabalho de fortalecimento muscular e resistência em piscina, além de acupuntura, massagens e um check-up de saúde completo. “Juntamente com Herói Fung, meu treinador, me preparei com estratégias mentais para visualizar cada ambiente onde iria correr”, explica o ultramaratonista, que também treinou na areia da praia.
“Estou muito feliz por ser reconhecido por um esforço e estar novamente incluído no livro dos recordes, pois me motiva a seguir buscando novos desafios sempre”, comemora Carlos, que já havia sido reconhecido por seu feito de cruzar o Brasil do Oiapoque ao Chuí. Durante os dias de solidão, a maior inspiração foi sua mãe Neli Dias e o filho Vinícius, além do treinador Herói Fung. “As mensagens que os amigos me enviaram apostando no meu esforço também ajudaram”, completa.
O próximo desafio que ele planeja é cruzar os Estados Unidos de São Francisco a Nova Iorque pela Rota 80, num total de cinco mil quilômetros em 60 dias, fechando no dia primeiro de novembro, a tempo de correr a Maratona de Nova Iorque. “O projeto exigirá muita organização e terei atletas de vários estados correndo comigo”, relata o ultramaratonista que ainda busca patrocínios para viabilizar a idéia.
Para completar a Copa do Mundo dos Desertos, Carlos Dias contou com o patrocínio da Crocs, apoio da Kailash, CliC Goggles, WH Wellness, Pizzeria La Vicenza e Clinica Joaquim Grava, além do Webrun, que noticiou todos os seus passos durante os desafios. Os feitos do brasileiro estão disponíveis no site do Rank Brasil, o www.rankbrasil.com.br.
Fonte: Webrun
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