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cd-stage-1bmpHoje fizemos a primeira etapa foram 3 horas de corrida no gelo, que eu senti como se fosse 7 horas. Tomei  muito tombo e quase torceu meu tornozelo nas descidas, mas foi bem completei.


Depois fomos para o navio comer e descansar e voltamos depois de 3 horas para correr 4 horas. No  inicio ate fiquei sem luvas por causa do calor que meu corpo gerava, mas depois tive que cobrir tudo. A temperatura baixou muito e a única coisa que eu gostei foi os pingüins e os icebergs.


Está  muito difícil  para mim por ser minha primeira vez em uma temperatura tão fria. Penso a toda hora no meu filho na minha mãe e nos amigos que não param de me enviar mensagens. Às vezes penso o quanto esse momento e importante para mim e para todos os brasileiros. Só tenho que dizer obrigado. E falar se eu não completar todos saibam que eu tentei muito.



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cd-no-barcobmpHoje dia 27 de novembro acordei um pouco melhor dos enjôos, consegui tomar café, e almoçar, mas novamente vomitei, mas estou bem melhor menos fraco. Hoje recebemos uma visita linda de varias baleias jubarte, isso  fez com que eu esquecesse o enjôo por alguns minutos.


Agora foi feito exame medico em todos os presentes no navio, e minhas condições de saúde estão boas, apesar de eu vomitar. Treinamos saídas de emergência do navio e também como deixar nossas roupas sempre secas.


La fora faz 12 graus negativos, guando foi fotografar as baleias minhas mãos ficaram  duras, será uma difícil  tarefa para eu correr no frio extremo. Mas estou tomando os cuidados necessários para não haver problemas.


Se eu não agüentar ficar por mais de 4 horas correndo no  frio  terei  que sair da prova. Tenho que pensar em  minha segurança antes de fazer qualquer ação e isso não abrirá mão em nenhum é momento. Estou com um ótimo equipamento, uma bota especial da Crocs e muita vontade de correr, mas sei que mesmo tendo ótimo equipamento, posso der repente não ter o êxito esperado. Vou aqui seguindo passo a passo meu  objetivo.

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Vinte e seis indivíduos provenientes de treze países vão competir em O Último Deserto na Antártica; Ultramarathon Man Dean Karnazes está lutando para ser a primeira a concluir o 4 Desertos em um ano civil



(22 de Novembro de 2008, Ushuaia, Argentina) - O último troço da 4 Desertos, O Último Deserto na Antártica, vai buscar a decorrer na segunda-feira como concorrentes satisfazer, no porto de Ushuaia, Argentina - a ponta mais meridional da América do Sul - para expedição bordo de um navio que se espera venha a tê-las em seis localidades em redor e Antártica, ao longo de um período de dez dias. Os competidores devem sofrer a primeira ásperas e agitado travessia do Drake Passage, esperando-se que quase todos os concorrentes a enviar os seus camarotes para enjôo batalha. Se for bem sucedido, quatorze competidores irão completar a série 4 Desertos e ganhar uma medalha especial o conhecimento de que apenas vinte e sete indivíduos tenham concluído até à data tal proeza. Dois concorrentes, Ultramarathon Man Dean Karnazes dos Estados Unidos e Bush Doutor Paul Liebenberg de África do Sul, estão vying de ser a primeira a concluir o 4 Desertos em um ano civil. Um número recorde de mulheres será competir com as mulheres da Coréia, Itália, Estados Unidos e do Reino Unido no domínio. Equipe Trifecta / Mountain Hardwear da Austrália e os Estados Unidos estão esperando para ser apenas a segunda equipa do mundo a completar a última Deserto.

Os concorrentes irão cruzar a 250 km ao longo de seis fases através terreno constituído de gelo, a neve eo gelo profundo, e de enfrentar duras condições meteorológicas que poderia incluir sub-zero temperaturas e ventos violentos. O Último Deserto terá lugar em seis localidades no interior e em torno Antártica - estes locais podem incluir: Deception Island, Aitcho Island, Cuverville Island, Danco Island, Orne Island, Paradise Bay, Foyne Harbor, Portal Point, Neko Harbor, Petermann Island, Goudier Insulares e / ou Jougla Point, entre outros. Locais será determinado dia, dependendo condições meteorológicas e de gelo.

Os concorrentes de treze países incluem: David Annandale (Reino Unido), John W. BARRATT (Canadá), Nicola Benetti (Italy), Mark B. Bishop (a África do Sul), Peter A. Bocquet (Austrália), Tony G. Brammer ( Reino Unido), Louise Cooper (Estados Unidos), Laura Corti (Itália), R. Carlos Dias (Brasil), Emma E. Dawber (Reino Unido), James Elson (Reino Unido), Frank A. Fumich (Estados Unidos), Carlos Garcia Preito (Espanha), Evegeniy Gorkov (Rússia), Michael A. Hull (Austrália), N. Dean Karnazes, Hyo Jung Kim (Coréia), Kah Shin Leow (Singapura), Steve J. Nolan (Reino Unido), Harold B. Roberts (Reino Unido), Martyn P. Sawyer (Reino Unido), Kyung Tae Song (Coréia), Peter L. Wilson (Austrália), e Ji Sung Yoo (Coréia).

A Intel Corp está fornecendo batalhamos-testado "aidstation" laptops a roupa em uma cabine do navio que irá permitir aos concorrentes blog, confira os resultados e receber e-mails e blog comentários. Os laptops serão também tidos em terra para arquivo últimas notícias BGAN atualizações através de terminais via satélite.

O Último Deserto será transmitido na televisão redes na Coréia (MBC), e Transworld Sports (IMG) para difusão em mais de 80 países. Fora da revista terá um renomado fotógrafo no evento para capturar as imagens dos concorrentes contra o cenário deslumbrante e agreste. A cobertura do site Última Deserto (Antártica) 2008 podem ser encontradas em www.4deserts.com/thelastdesert característica que irá centenas de fotos, notícias de última hora textos, jornais diários, campo e atualizações resultados completos. Full biográficas dos concorrentes também podem ser encontradas no site sob o título "Jornal Concorrentes".

Sobre RacingThePlanet
RacingThePlanet Limited organiza eventos do mundo exterior mais prestigiados eventos de sua espécie. RacingThePlanet ® é a única categoria de país áspero footraces que se realizam ao longo de sete dias e cerca de 250 quilômetros em localidades remotas e culturalmente rico do mundo todo. Os competidores devem levar todos os seus próprios equipamentos e alimentos, são fornecidos apenas com água e um lugar em uma tenda cada dia, mas são apoiados por profissionais médicos e equipes operações.

RacingThePlanet é internacional; os acontecimentos tipicamente envolvem concorrentes de mais de 20 países diferentes que são capazes de misturar-se em torno de fogueiras e os mistos geograficamente em suas tendas. Atualmente os eventos consistem na Desertos 4, que engloba uma série Deserto de Gobi na China, o Deserto Atacama, no Chile, Deserto do Sahara no Egito e Antártica, e um quinto evento que roves para um novo local em cada ano.

RacingThePlanet também mantém uma loja online onde circulam apenas os melhores produtos para a resistência eventos, viagens e no exterior. A loja pode ser encontrada em www.racingtheplanet.com.

cd-2No dia 25 acordamos cedo às 6 horas. As 7 foi servido o café da manha no navio. As 8hs tivemos uma grande reunião com toda equipe do navio e a organização da prova para tratar do problema no casco do navio..


Há uma pequena rachadura que está sendo consertada por uma equipe russa, a chefe de equipe da Rússia deu um prazo de até as 18 horas para que esse problema seja solucionado ou a expedição será abortada.


Mas a  organização da prova está mais confiante e nos orientou que continuássemos com a nossa preparação, pois temos tempo suficiente para fazer a prova dentro do prazo, e que se for preciso iremos trocar de navio hoje à noite. Temos um navio da national geografic que irá nos acompanhar, talvez partissem nesse navio, se o navio russo não ficar pronto até as 18 horas.


cd-montando-a-malabmpEu acordei com dor de garganta e estou me cuidando. Estou com um pouco de febre, talvez seja a mudança de temperatura do da cabine para outros pisos do navio. Mas é algo que passa logo. Temos que ter muita paciência, pois a segurança é sempre a prioridade, e temos uma equipe muito séria que está lidando com tudo isso. Uma vez negligenciada qualquer coisa aqui pode ser fatal. por isso estou confiante na equipe e na estrutura montada para essa operação.


barco-russobmpHoje dia 24 de novembro de 2008, embarcamos no navio russo, e foram feitas todas as checagens médicas e do equipamento pessoal.  Também foi apresentado a cada atleta sua cabine no navio, eu estou junto com um atleta russo que fala o castelhano bem pouco, mas estou me virando com o inglês.


Houve uma reunião onde foi servido o jantar, e a equipe de comando do navio que são franceses e russos, nos informaram que há um pequeno problema no navio e eles estão fazendo reparos.  A marinha argentina irá inspecionar amanha as 5 da manha e então partimos se tudo estiver 100% seguro.


Vamos levar cerca de 2 dias para chegar no ponto onde começamos a correr. Isso tudo gera uma grande ansiedade e certo desgaste, pois é cansativo ficar no navio. Eu estou aproveitando para escrever meu livro e verificar meu equipamento. Em conversa com os atletas, tive a real noção da importância de  estar por  aqui, pois sou o único sul americano e essa será minha primeira vez no gelo.


Os atletas disseram que eu terei um desafio a mais: ficar pelado no meio da Antártida, para ser batizado. Todos estão muito felizes de saber que um brasileiro irá correr na neve.


Para se ter uma idéia em Ushuaia faz 5 negativos, isso me deixa com mais fome pois o corpo começa a trabalhar mais para gerar calor. Eu estou cuidando bem da alimentação e segundo os médicos todos devem sentir muito enjôo em função do balanço do navio.


Fica aqui meu abraço a todos brasileiros, minha mãe meu filho meus amigos.Conto muito com a torcida, sei que o frio vai me cobrar muito dia a dia, mas sou brasileiro tenho um crocs no pé e um sonho a cumprir. Um forte abraço ao Herói Fung e a toda equipe Crocs.


Os atletas disseram que não há crocodilos na neve da Antártida então eu serei o primeiro Crocodilo a cruzar a neve. Tenho a certeza que voltarei diferente, pois a natureza e o clima extremo me dirão muitas coisas para compartilhar com todos.


cd-antartidabmpEu cheguei ontem dia 21 de novembro em Ushuaia. O avião sacudiu muito me deixando com muito medo, pois só havia montanhas, mas descemos bem. Lá conheci uma senhora muita simpática que era fã do Roberto Carlos e cujo genro que trabalha construindo casas nas montanhas me levou ao hotel e pretende ir ao Brasil em janeiro.


A temperatura em Ushuaia é boa agora faz 1 grau positivo, mas chove e venta muito isso deixa a temperatura mais baixa, as montanhas estão cobertas de neve é uma visão maravilhosa.


Amanhã encontro os outros atletas e os membros da organização para a primeira reunião antes de partimos para Antártida, depois de checar os equipamentos e a parte médica devemos jantar e embarcar em um navio rumo a Antártida.


Sinto-me bem. Estou procurando arrumar minha mochila e deixar tudo em ordem, pois depois não temos como fazer muita coisa senão correr muito.


Mando um beijo a todos no Brasil. mandem mensagem elas me farão mais forte nesse clima tão extremo .


Um forte abraço do Carlos Dias.

antartica-mapbmpUshuaia na patagonia Argentina é conhecida como cidade do fim do mundo. Chego lá no dia 21 as 3 horas da tarde e no dia 24 de novembro embarco em um navio juntamente com outros 29 atletas rumo a península Antártida.


Foram 15 dias de diferença entre o deserto mais quente do planeta para o mais frio, estou com uma bota especial da Crocs para gelo, óculos da Clic que me protegerá da luz e a roupa com 5 camadas da Skilife. Estou levando comida liofilizada. e muita vontade de completar o terceiro deserto da copa do mundo de desertos.


Será a primeira vez que um brasileiro corre 250km na neve da Antártida, e isso me deixa muito preocupado, pois estarei sendo o parâmetro para quem quiser correr nos próximos anos. Sei que nós brasileiros não temos tradição em prova a baixo dos 60 graus, mas vou fazer o meu melhor para levar as cores verdes e amarelas na imensidão branca da Antártida.



Meu corpo será minha casa e meu transporte na mais difícil prova que eu vou enfrentar até aqui. Confio no treinamento, nas pessoas que colaboraram com meu desenvolvimento como o Herói Fung, meu treinador e a Vanessa Maichin por passar dicas importantes na minha preparação mental.
Mais uma vez no ano estou para viver a emoção de estar em um lugar onde poucos no mundo têm coragem de estar. Quero ser os olhos, as pernas e o coração de cada brasileiro que ficar na torcida pelo sucesso na Antártida.

Fica então o meu convite para que todos entrem no site da prova e enviem mensagens para eu me aquecer e prosseguir nessa conquista.



Tenho que agradecer a equipe da Crocs que estão apostando nessa conquista, minha família, amigos e meu filho.

mapabmpAo conquistar os desertos de Gobi na China, o deserto do Sahara Egito, agora volto todo meu pensamento ao continente gelado a Antártida. O deserto mais frio do planeta.


Nesse momento está pesquisando os equipamentos alimentação a ser usados no gelo. Tenho certeza que esse deserto será o mais difícil, pois eu nunca enfrentei temperaturas abaixo dos 50 graus, foram apenas 14 dias para deixar tudo pronto e no dia 20 de novembro embarcar rumo a Ushuaia na Patagonia (Argentina) e de lá encontrar com os outros 29 atletas , médicos, pesquisadores e imprensa para embarcar em um navio e seguirmos a península Antártida.



No dia 24 de novembro será dada a largada dos 250km no ambiente gelado.
Estou feliz de estar entre os 30 atletas que irão correr na Antártida  e mais feliz ainda por ser o primeiro brasileiro a correr no continente gelado, nem preciso dizer que sinto um friozinho na barriga, mas lá todos sentirão esse friozinho.

Preparação para Antártida

Fazer relaxamento em piscina, e musculação leve, correr cerca de 6 horas diárias na Monday academia e comer muito para manter uma reserva para suportar o frio, as roupas terão 5 camadas e serão impermeáveis, além de um emplasto que gera calor para as mãos e pés. Terei uma bota da Crocs especial para o frio, e o resto é ter a mesma paciência entusiasmo e determinação para voltar de lá com uma medalha. Espero dar tudo certo.

Que venha a Antártida.

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A minha página no Youtube está sendo construída e o endereço é:

http://br.youtube.com/Ultracarlosdias

253Eu sonhei com o deserto do Sahara desde 2003, quando completei as mil milhas de Porto Seguro a São Bernardo do Campo-SP. Me lembro ter escrito em um papel que, gostaria de cruzar o Brasil correndo e após realizado esse sonho brasileiro, determinei que iria correr no deserto do Sahara. Mentalizei isso e eternizei no papel até surgir os 4 desertos que abriria a grande oportunidade de correr o Sahara.


Quando recebi a aprovação da Crocs como uma grande parceria, eu sabia que o sonho estaria muito perto. Fui para a China em junho correr o deserto de Gobi o mais alto e úmido do planeta, lá senti que o desafio de correr os 4 desertos seria imenso, mas consegui completar o primeiro deserto. Voltei determinado a mudar meus treinos e a fazer da minha força mental o meu maior parceiro para chegar no deserto do Sahara firme e determinado a enfrentar as condições adversas com o sorriso no rosto.


Os meus treinos basearam-se em correr nas ruas de São Paulo, na Serra da Cantareira, em uma esteira durante 24horas e nas praias de Ilhéus simulando correr nas areias do deserto. Também estudei as características do solo, umidade relativa do ar, temperatura e a altimetria do Sahara. Com isso passei a pensar firmemente no ambiente que iria enfrentar, a cada treino ou quando estava relaxando eu me imaginava sentindo o ambiente do deserto. Após fazer essa programação mental, a sensação era que eu estava lá.


Quando cheguei senti o solo, o cheiro, o calor e a umidade do ar e o impacto foi bem menor, mas as adversidades que se apresentavam diariamente eram enormes. No primeiro dia meus músculos sentiram bastante o esforço desprendido nas areias finas fofas do deserto, já no segundo dia foi o forte calor que me deixou exausto. Assim se seguiu dia a dia, parecendo uma eternidade cada etapa.


Eu usei a estratégia mental de correr as quatro primeiras etapas como se eu estivesse treinando para correr uma ultramaratona de 24 horas.Com isso fui melhorando a cada dia, e guando chegou o dia mais longo e perigoso eu segui juntamente com o Rodrigo Cerqueira, a passos entusiasmados e firmes,só parando 10 a 15 minutos a cada 11 km e uma parada de 25 minutos para preparar a comida antes de entrar na noite gelada do deserto.


Seguimos em frente recebendo no rosto o vento gelado com partículas de areias que nos alfinetava como agulhas, e o solo trocando a cada hora, ás vezes era areia fina que fazia os pés afundarem, ás vezes era pedras e areias e depois areia mais grossa que forçava ainda mais a musculatura. O frio da noite era enorme chegava a 4 graus inversos do forte calor encontrado durante o dia que chegou a 51 graus. Com esse panorama avistamos o acampamento exatamente as 4 e 17 da manhã meio desconfiados com os nossos próprios olhos, exaustos ouvimos gritos e aplausos, tínhamos conseguido o nosso objetivo, corremos 20 horas e 17 minutos sem dormir. Foi uma visão magnífica emocionante e um grande alívio por chegar ao acampamento sem lesão sem bolhas somente com o extraordinário cansaço que nos fazia mais lento em tudo, nesse momento voltamos a ser crianças, pois tínhamos vencido a parte mais cruel do deserto e faltam apenas 10% do objetivo total da prova. A emoção era maior que o cansaço, eu estava simplesmente em estado de graça, chorar se tornou algo banal naquela noite, era difícil segurar as lágrimas que teimavam em correr a minha face. Nesse momento lembrei-me do meu filho Vinícius da minha família e amigos que torciam pelo sucesso dessa empreitada.


No dia primeiro de novembro partimos para a última e mais rápida etapa, mas também me exigiu buscar forças do fundo da alma, corremos 5,9km em uma subida com areia fofa e um sol de meio dia escaldante. Eu sabia que mesmo correndo 248km  faltavam os 5,9km que poderiam custar a prova por isso tive que ter muita cautela e fiz os 5,9km em 30 minutos. Ao avistar as pirâmides do Egito tive uma sensação grandiosa, estava em um dos lugares mais antigos do mundo me senti nos filmes e documentários que assisti durante toda minha adolescência sobre os mistérios que guardam essas pirâmides, ouvia a música vinda da chegada, depois no final da subida um corredor de camelos montados por guardas, um tapete vermelho no fim a areia do deserto e muitos aplausos.


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Era o momento sublime da vitória eu havia conseguido realizar o sonho de correr o deserto mais quente do planeta. Eu só conseguia dizer consegui, consegui, consegui. Recebi muitos abraços e minha tão desejada medalha que parecia bem mais pesada colocada lado a lado ao minha exaustão.O sorriso se misturou com as lágrimas de felicidade. Volto ao Brasil a imagem das dunas que me forçaram a ter mais controle dos músculos, das danças dos Beduínos e sua música e a alegria das crianças ao recebem das mãos dos atletas cadernos e canetas.As conversas na beira da fogueira entre atletas de 30 diferentes nações.



Levo comigo a lição eterna de que a natureza sempre será maior que o homem. Temos que respeitá-la e preservá-la. Em todos os dias eu pensei no meu filho Vinícius, em minha mãe e irmãs e nos amigos que torceram por mim enviando mensagens.
Um agradecimento especial a Crocs por apostar que eu posso conquistar os 4 desertos, e por me ajudar a manter minha qualidade de vida mesmo estando em ambientes tão extremos como o deserto do Saara..

"Ter força nas pernas é importante, ter uma alimentação rica em carboidratos e proteínas também mas ter a mente firme e entusiasmada fará você conquistar seu sonho"

176


Ao chegar no Cairo no dia 23 de outubro trazia comigo uma certeza  iria ser muito difícil os dias que eu e o Rodrigo Cerqueira iria viver no deserto. Vi que o Cairo tem grandes problemas de poluição, um transito caótico e que a pobreza também é marcante. Eu reencontrei amigos que havia conhecido em Gobi na China e o Rodrigo que chegou um dia depois de mim.


No dia 25 de outubro um comboio de ônibus sendo escoltados por policiais federais, e civis partiram do Cairo rumo ao acampamento no deserto, viajamos cerca de 7 horas e desembarcamos dos ônibus e entramos em carros com tração nas quatros rodas e chegamos no acampamento onde os beduínos nos receberam com um jantar e musica. Fazia frio.Ao ver o terreno senti que iria ser muito difícil correr, pois a areia fina fazia com que os pés afundassem e isso forçava mais a musculatura.


No dia 26 de outubro minha mochila pesava 11kg e eu estava preocupado com o esforço e como eu terminaria o primeiro dia. Conversei muito com o Rodrigo Cerqueira na tenda, onde ficamos com atletas da Africa do Sul, Estados Unidos e Inglaterra. Após correr a primeira etapa eu estava exausto, as pernas tinham algumas câimbras e a sensação era de ter corrido uma prova duas vezes maior a que tínhamos corrido, mas fiquei feliz com os meus pés que não apresentaram nenhuma bolha. Como havia feito em Gobi que usei o Crocs para correr nas montanhas, também corri o deserto do Saara com Crocs. As pessoas colocaram um apelido em mim na primeira noite o Mrs Crocs ou Homem Crocodilo, e também o meu treinamento em areia fez algum efeito pois melhorei  bastante o meu tempo em relação a Gobi.


Na segunda etapa, recuperado das câimbras e preocupado com a hidratação, fiz uma corrida mais tranqüila e sempre procurando manter o mesmo ritmo, que me desse reserva para o dia seguinte, o sol a areia castigou a todos era difícil até tentar falar alguma coisa de tanta exaustão.  Passamos para a terceira etapa onde nos deparamos com um terreno ainda mais cruel as dunas, elas me lembravam o feitiço das sereias que nos atraem para o fundo do mar. A beleza das dunas era mortal, pois o esforço muscular a cada subida nos deixava alucinados e fracos, incrivelmente só pensei em uma coisa nesse momento extremo de subir as dunas: tomar café e ate senti o cheiro do café no meu nariz. Parecia que se eu tomasse uma xícara de café eu teria força para subir as dunas escaldantes com muito mais energia.


Na quarta etapa eu pensava somente em terminar. Não pensei em momento algum em qual posição ficaria, pois em um ambiente como o Saara chegar era uma grande e majestosa vitória. O Rodrigo Cerqueira e eu formavamos a dupla de brasileiros que somados cada passo nosso se multiplicaria na grande nação que é o BRASIL. Nós seguimos dando força um ao outro e isso me fez sentir muito melhor por ter ganhado um grande amigo tão longe de casa.


070Partimos para quinta e mais dura etapa, sentindo o ambiente do acampamento em cada rosto de cada atleta. A ansiedade e o frio na espinha de cruzar o deserto dia e noite era notória, afinal eram 100 km depois de ter corrido 4 etapas tão duras. Eu e o Rodrigo mantivemos um ritmo de 5,5 km por hora durante 20 e 17 minutos cruzando todo o dia e a noite juntos parando 15 minutos a cada 11 km  e uma vez só paramos 25 minutos para preparar nossa comida antes de continuar noite adentro. Depois de um esforço monstruoso de sentir o forte calor do dia e receber os fortes ventos gelados da noite avistamos a luz do acampamento. Ali senti algo grandioso, único e emocionante, pois superamos e chegamos as 4 e 17 da manha em nosso objetivo. Nesse momento o choro nos fugia aos olhos misturados ao sorriso. Éramos como criança novamente. Dos cem por cento, faltavam apenas 10 por cento para beijar uma medalha tão desejada e difícil de ser conquistada.


No dia 01 de novembro partimos para a uma prova curta, mas que também nos obrigou a buscar forcas no fundo da alma. Eram 5,9km subindo na areia quente e no final a grande visão das pirâmides de Giza, camelos, musica aplausos, sorrisos, abraços e muito choro. Havíamos conquistado um sonho, um grande sonho, completar os 254km do deserto mais quente do planeta.


Durante toda a prova muita pessoas de varias partes do mundo me enviaram mensagens, vieram mensagens do Vietnã, China, EUA, Itália, Chile, Alemanha, Singapura, Malásia e o meu grande Brasil, eu agradeço a cada mensagem pois guando chegava no acampamento cansado e cheio de dores pelo corpo o pensamento vinha para a família eu lembrava do meu filho todo tempo, minha Mãe minhas irmãs,meus amigos as mensagens eram a fonte de reorganizar nosso animo para seguir adiante.


A Crocs foi a grande responsável por eu chegar no Saara,eu tenho que aplaudir de pé essa empresa e dizer que o solo do deserto foi extremo mas meus pés ficaram sem bolhas pois vestiam Crocs, estou feliz pois tenho como filosofia de vida a qualidade de vida, e o Crocs manteve minha qualidade em um dos terrenos mais hostis do planeta. Os atletas viam meu pé e falavam estar com raiva por eu não ter bolha ou inacreditável você correu ou flutuou na areia? A toda família Crocs um muito obrigado .

Ao chegar no Cairo, no dia 23 de outubro, trazia comigo uma certeza de que iriam ser muito difíceis os dias que eu e o Rodrigo Cerqueira viveríamos no deserto.


Vi que o Cairo tem grandes problemas de poluição, um trânsito caótico e que a pobreza também é marcante.


Eu reencontrei amigos que havia conhecido em Gobi, na China, e o Rodrigo que chegou um dia depois de mim.


No dia 25 de outubro, um comboio de ônibus sendo escoltados por policiais federais e civis partiu do Cairo rumo ao acampamento no deserto. Viajamos cerca de 7 horas, desembarcamos dos ônibus, entramos em carros com tração nas quatros rodas e chegamos no acampamento, onde os beduinos nos receberam com um jantar e música. Fazia frio. Ao ver o terreno senti que iria ser muito difícil correr, pois a areia fina fazia com que os pés afundassem e isso forçava mais a musculatura.


No dia 26 de outubro minha mochila pesava 11 Kg. Eu estava preocupado com o esforço e como terminaria o primeiro dia. Conversei muito com o Rodrigo Cerqueira na tenda, onde ficamos com atletas da África do Sul, Estados Unidos e Inglaterra.


Após correr a primeira etapa eu estava exausto, as pernas tinham algumas câimbras e a sensação era de ter corrido uma prova duas vezes maior do que a que tínhamos corrido, mas fiquei feliz com os meus pés, que não apresentaram nenhuma bolha. Como havia feito em Gobi, em que usei o Crocs para correr nas montanhas, também corri o deserto do Saara com Crocs e as pessoas colocaram um apelido em mim na primeira noite: o Mr. Crocs ou Homem Crocodilo. Também senti que o meu treinamento em areia fez algum efeito, pois melhorei  bastante o meu tempo em relação a Gobi.


Na segunda etapa, recuperado das câimbras e preocupado com a hidratação, fiz uma corrida mais tranquila e sempre procurando manter o mesmo ritmo, que me desse reserva para o dia seguinte. O sol e a areia castigaram a todos. Era difícil até tentar falar alguma coisa de tanta exaustão. Passamos para a terceira etapa, onde nos deparamos com um terreno ainda mais cruel - as dunas. Elas me lembravam o feitiço das sereias, que nos atraem para o fundo do mar. A beleza das dunas era mortal, pois o esforço muscular a cada subida nos deixava alucinados e fracos... Incrivelmente, só pensei em uma coisa nesse momento extremo de subir as dunas: tomar café. O cheiro do cafe me veio no nariz, parecia que se eu tomasse uma xícara de cafe eu teria força para subir as dunas escaldantes com muito mais energia.


Na quarta etapa eu pensava somente em terminar. Não pensei em momento algum em qual posição ficaria, pois em um ambiente como o Saara, chegar era uma grande e majestosa vitória. O Rodrigo Cerqueira e eu formávamos a dupla de brasileiros que, somados, cada passo nosso se multiplicaria na grande nação que é o BRASIL. Nós seguimos dando força um ao outro e isso me fez sentir muito melhor, por ter ganho um grande amigo tão longe de casa.


Partimos para a quinta e mais dura etapa, sentindo o ambiente do acampamento em cada rosto de cada atleta. A ansiedade e o frio na espinha de cruzar o deserto dia e noite eram notórios, afinal eram 100 Km depois de ter corrido 4 etapas tão duras. Eu e o Rodrigo mantivemos um ritmo de 5,5 km por hora durante 20 e 17 minutos, cruzando todo o dia e a noite juntos, parando 15 minutos a cada 11 km. Uma vez só paramos 25 minutos para preparar nossa comida, antes de continuar noite adentro.


Depois de um esforço monstruoso, de sentir o forte calor do dia e receber os fortes ventos gelados da noite, avistamos a luz do acampamento. Ali, sentimos algo grandioso, único, emocionante... nos superamos e chegamos às 4h17 da manhã em nosso objetivo. Nesse momento o choro nos fugia aos olhos, misturado ao sorriso. Éramos como criança novamente... dos 100% faltavam apenas 10% para beijar uma medalha tão desejada e tão dificil de ser conquistada.



No dia 01 de novembro, partimos para a uma prova curta, mas que também nos obrigou a buscar forças no fundo da alma. Eram 5,9 Km subindo na areia quente. No final, a grande visão das pirâmides de Giza, camelos, música, aplausos sorrisos, abraços, muito choro. Havíamos conquistado um sonho, um grande sonho de completar os 254 Km do deserto mais quente do planeta.
 
Durante toda a prova, muitas pessoas de várias partes do mundo me enviaram mensagens; vieram mensagens do Vietan, China, EUA, Itália, Chile, Alemanha, Singapura, Malásia e o meu grande Brasil! Eu agradeço a cada mensagem, pois guando chegava no acampamento, cansado e cheio de dores pelo corpo, o pensamento vinha para a família e lembrava do meu filho todo tempo; minha mãe, minhas irmãs, meus amigos... as mensagens eram a fonte de reorganizar nosso ânimo para seguir adiante.
 
A Crocs foi a grande responsável por eu chegar no Saara. Eu tenho que aplaudir de pé essa empresa e dizer que o solo do deserto foi extremo, mas meus pés ficaram sem bolhas pois vestiam Crocs. Estou feliz pois tenho como filosofia de vida a qualidade de vida, e os Crocs mantiveram minha qualidade em um dos terrenos mais hostis do planeta. Os atletas viam meu pé e falavam estar com raiva por eu não ter bolha ou "Inacreditável! Você correu ou flutuou na areia? A toda família Crocs um muito obrigado!
 
Chego dia 06 de novembro no Brasil, às 7 horas da manhã. Brasil, essa conquista é de todos. Muito obrigado pela torcida! Mãe, estou com fome do seu feijão.





Incrível, emocionante, unico... nao sei achar a palavra correta pra descrever a etapa longa.


Eu e o rodrigo mantivemos o ritmo das 08h00 aa 4h17 da madrugada de hoje e fechamos a etapa em 20h17min.


O deserto de dia castigou com o calor e a noite pedras, areia, subidas e descidas nos forçavam a parar. Mas seguimos fortes pois sabiamos que eramos nos dois carregando o brasil inteiro.


É impossivel controlar o choro. Obrigado a crocs por me trazer, a minha mae, ao meu filho e aos amigos.


Amanhã seguiremos para o final.